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Aprovada em setembro de 2020, e inspirada na General Data Protection Regulation (GDPR), da União Europeia, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) (Lei nº 13.709/18) fez com que os consumidores e as empresas mudassem a forma de lidar com dados.
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Passados dois anos desde a sua implementação, o cumprimento da lei ainda é um desafio, ainda mais em um cenário onde o cibercrime não possui limites e dia após dia vários sistemas são atacados. Contando vazamento, sequestro ou perda de informações, o Brasil ocupa a sexta posição dos países com mais vazamento de dados no mundo.
Segundo indicadores coletados pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) que contou com 2.556 usuários de Internet e 1.473 empresas, somente entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro semestre deste ano, tivemos uma elevada preocupação com o destino dos dados pessoais. Esse foi o motivo pelo qual 77% dos entrevistados relataram ter desinstalado algum aplicativo do seu celular. Enquanto isso, 69% deixaram de visitar um site na web, enquanto 56% dispensaram um determinado serviço de Internet.
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Vale destacar que as empresas brasileiras ainda possuem dificuldades em cumprir a lei. Veja bem, até o final do mês de julho de 2021, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão fiscalizador ligado ao Governo Federal, contava com mais de 1,4 mil decisões judiciais com condenações que variam de R$ 100 a R$ 2,5 milhões. Além disso, também foram encontrados mais de 400 processos administrativos em andamento.
De acordo com Paulo Poi, diretor de Compliance, Riscos e Governança da Cipher, empresa de cibersegurança do grupo Prosegur, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) causou um impacto muito grande na gestão das empresas, e também acelerou a conscientização das organizações em relação à proteção de dados. Contudo, ainda segundo o especialista, existem debates sobre a área responsável pela segurança das informações digitais, que dependem exclusivamente do engajamento de profissionais de diferentes áreas das companhias.
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“Por se tratar de uma lei, a adequação caberia à área jurídica, mas, por envolver tecnologia, é importante o envolvimento da área de TI. E não podemos esquecer que a área de Recursos Humanos atua diretamente com os times, disseminando as melhores práticas para proteção de informações”, afirma Paulo Poi.
Para finalizar, Poi destaca que a integração entre essas áreas, formando equipes multidisciplinares e complementares, deve fazer parte da cultura corporativa, criando processos de trabalho colaborativos com base em concessões que atendam às realidades particulares de cada setor.
Com informações do site contabeis.com.br
